Agora, nem sequer posso dizer que decidi apresentar quem eu sou pela aparência -- embora fazê-lo eu continue achando impossível, tentarei, ainda que previsto o insucesso --, foi mais por necessidade; não é por querer parecer diferente, é querer parecer mais igual aos que são mais iguais a mim e mais diferente aos que são mais diferentes.
Tentava, parecer fora do imenso grupo de pessoas conformadas e adaptadas com a "inabalável" e "inquestionável" ordem mundial, mas já era tarde, pois, ao me esforçar para parecer diferente, já estava incluso.
Quando se é impelido para fora do sistema, por, uma vez diferente, não mais fazer parte dele, age-se, conseqüentemente, de maneira diferente, por si próprio. Aqueles que ainda estão presos às ideias e ideais do sistema entendem como mal e errado atitudes fora das convencionais -- "o que não é normal, é mal".
Uma vez fora do convencional, passa-se a enxergar tudo com outros olhos, cada coisa a seu tempo, é o processo natural de mudança, mas não é assim visto por todos. Quem ainda não cria as próprias ideias e usa as herdadas entende o processo de diferenciação como um simples e vazio processo de destruição -- o que é correto, em parte, pois se destrói os velhos conceitos sem sentido --, mas não enxerga a construção de novos conceitos e a compreensão mais ampla do mundo ao redor, sob uma nova perspectiva. Assim, o diferente é visto como uma ameça, a si e/ou aos outros e precisa ser detido, mas nem todos têm a coragem de aproximar-se do diferente para detê-lo, então afasta-se do que desconhece e, subconscientemente, teme.
E, como o incompreendido e diferente é assustador, é também assustador a diferenciação, então permanece-se normal e igual, de modo a abastecer o ciclo dos conformados e adaptados à velha ordem.
P.S.: Nunca curti postar textos antigos, eles sempre se encontravam pela metade ou não condiziam mais com o que eu pensava, mas eu achei esse rascunho aqui, por acaso, tão sociológico que acho que vale a pena e bem que reflete todo o processo de caretização no qual eu me sinto. Lévi-Strauss? Durkheim? Weber? Que nada, análise sociológica é essa aqui hahaha.
Tentava, parecer fora do imenso grupo de pessoas conformadas e adaptadas com a "inabalável" e "inquestionável" ordem mundial, mas já era tarde, pois, ao me esforçar para parecer diferente, já estava incluso.
Quando se é impelido para fora do sistema, por, uma vez diferente, não mais fazer parte dele, age-se, conseqüentemente, de maneira diferente, por si próprio. Aqueles que ainda estão presos às ideias e ideais do sistema entendem como mal e errado atitudes fora das convencionais -- "o que não é normal, é mal".
Uma vez fora do convencional, passa-se a enxergar tudo com outros olhos, cada coisa a seu tempo, é o processo natural de mudança, mas não é assim visto por todos. Quem ainda não cria as próprias ideias e usa as herdadas entende o processo de diferenciação como um simples e vazio processo de destruição -- o que é correto, em parte, pois se destrói os velhos conceitos sem sentido --, mas não enxerga a construção de novos conceitos e a compreensão mais ampla do mundo ao redor, sob uma nova perspectiva. Assim, o diferente é visto como uma ameça, a si e/ou aos outros e precisa ser detido, mas nem todos têm a coragem de aproximar-se do diferente para detê-lo, então afasta-se do que desconhece e, subconscientemente, teme.
E, como o incompreendido e diferente é assustador, é também assustador a diferenciação, então permanece-se normal e igual, de modo a abastecer o ciclo dos conformados e adaptados à velha ordem.
P.S.: Nunca curti postar textos antigos, eles sempre se encontravam pela metade ou não condiziam mais com o que eu pensava, mas eu achei esse rascunho aqui, por acaso, tão sociológico que acho que vale a pena e bem que reflete todo o processo de caretização no qual eu me sinto. Lévi-Strauss? Durkheim? Weber? Que nada, análise sociológica é essa aqui hahaha.
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