terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Kafka não morreu,

E eis aqui a minha parte de seu legado.
Prelúdio

Jorge, então, pensou em não domir. Se conseguisse ficar acordado até a noite seguinte, regressaria ao seu horário normal de uma vez.

Abriu a janela, suspendeu o toldo e apreciou a paisagem. Ali, prostrado na janela de seu apartamento, a, mais ou menos, cinqüenta metros do solo, tinha uma visão panorâmica do condomínio onde morava e dos prédios vizinhos, a frente, pois os prédios em seu condomínio seguiam uma linha horizontal de modo que não dava uns de frente a outros.

Notou os fantásticos quadros fotográficos que tinha dali, as cores, como é fantástica a luz do crepúsculo matutino e quão infinitamente mais belo, feliz e apreciável, porém não apreciado, que o vespertino -- "E quem há de negar que este lhe é superior?" --.

Ato I
Pôs-se a pensar naquilo que lhe tangia o inconsciênte: mulheres passadas, mulheres futuras, mulheres d'agora etc. Esquisito, curioso, ou até Kafkaniano, diriam alguns, foi o pensamento que dominou-lhe a mente: "se eu sair daqui, desta janela, morro.". O que não permiti-nos chamar Jorge de Doido varrido, de pedra, ou coisa do tipo, pensamento semelhante poderia ocorrer a qualquer um. Veja, pois, que o pensamento não surgiu de súbito, veio de outro pensamento ainda mais comum e recorrente: "eu poderia passar a eternidade aqui, admirando esta paisagem.". Mas não podia, óbvio. 

Fosse por efeito da bebida, que agora já não era forte e, além do mais, não foram tantas assim, tenha sido por efeito do exaustivo treino na academia seguido pelas horas initerruptas de dança durante o show e, mais tarde, as derradeiras horas da madrugada em frente ao computador, o fato era que Jorge sabia-se incapaz de sair dali, daquela janela.

13 comentários:

Anônimo disse...

Terá continuacao?

D.Ramírez disse...

É incrivel esse mundao de blog. Como tenho me surpreendido por talentos na escrita. E surpreso tbm, claro com sua maneira de escrever. Muito bom essa forma de criação. Muito mesmo.

Abraços

Ingridi Kroeger disse...

Como vc é talentoso meu bem *_*

quero mais *_*

escreva mais

beijo grande
se cuida

Ingridi Kroeger disse...

rsrs, mas eu nem estou melancólica, só me deu vontade de escrever algo sobre a morte, e eu sou bem cristã, saca? aí ja viu
obrigada por comentar :D
beijo grande

Anônimo disse...

Nem tenho palavras pra descrever teu texto. Simplesmente fantástico. Tu escreve muito bem, mesmo.

Beijo na alma, paz profunda.

Amiga do Cafa disse...

Devaneios. Pensamentos. Viagens.
Bj

Gabriel Lorenzato disse...

Ow você escreve bem... Terá continuação tudo isso?

Vlw pelo comentário... vô procurar saber sobre esses templates e te falo depois, blz?

É de sgno de touro neh? ÉÉÉÉ NÓÓÓÓÓIS uahsuahs... Como encontrou o meu blog?

Flws, abraços!!!

Daniela Filipini disse...

Continuuaa? (:

Celamar Maione disse...

E aí, ele saiu ou não da janela ?
Beijão

Ana Thalita disse...

Antes de tudo, escreva mais...lerei.
E depois, desculpe a demora. Li seu comentário, também o acompanharei em suas postagens ;)
Voltei a escrever agora...

Ahh, coloquei um link do seu blog no meu para não perder a oportunidade de lê-lo.

Até mais!

Anônimo disse...

Filosofia cronista. Que dádiva.

Pinguim ;] disse...

Jorge é brother, e eu o conheço bem ;]

Pinguim disse...

P.S:

Pena que ele demora demais para escovar os dentes...